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orkshops sobre diversidade e inclusão. Sessões de esclarecimento interativas sobre o que significam as letras LGBTQIA+, a importância de cada uma delas, e o impacto que o desrespeito pelas mesmas pode ter em cada pessoa que se identifica com a sigla. Um grupo no Slack, o #coverpride, onde participam pessoas da comunidade e aliadas, dedicado à partilha e ao debate de informação sobre o tema. A equipa de People da Coverflex tem unido esforços - não só no mês do Orgulho LGBT, mas ao longo de todo o ano - para construir uma estratégia de diversidade e inclusão sustentável, que fomenta a partilha de informação, a interação, e a aprendizagem. Tudo isto ajuda-nos a construir um espaço onde se pode abordar com naturalidade um tema que em tantos lugares é ainda tratado como tão pouco natural: a identidade de cada um de nós.

Hoje partilhamos contigo as histórias de três Coverflexers que pertencem à comunidade LGBTQIA+. A Taís e o Tadeu cresceram no Brasil e o Chris cresceu em Inglaterra, nos anos 90. Mudaram-se para Portugal ao longo dos últimos anos, e encontraram na Coverflex um lugar que os deixa ser quem são, sem reservas. Estas são as histórias deles.

A história da Taís

“Sempre me identifiquei como uma pessoa pertencente ao grupo LGBTQIA+. Acho que sempre soube - é parte da minha essência, de quem sou como ser humano. Nasci assim”, conta Taís, Lead Product Manager na Coverflex. Mas, nas palavras dela, por vezes só nos apercebemos mesmo à medida que o tempo passa. “Quando páro para pensar nisso, acho que foi por volta dos 18 anos que percebi que me atraio por mulheres. Ainda era uma época de muito tabu, não se falava sobre isso no Brasil”. 

Foi no ambiente de trabalho que a Taís sentiu que era mais difícil ser quem é. Passou por diferentes empresas no Brasil onde as pessoas tinham comportamentos homofóbicos e comentários pejorativos, onde diziam abertamente que ser gay “não é normal”. Esteve em empresas onde se colocava dúvidas sobre se as pessoas pertencentes à comunidade LGBTQIA+ seriam competentes no seu trabalho - não pelas suas qualificações mas por se identificarem com o que a sigla representa. Mas a exceção confirma a regra: duas empresas por onde passou fizeram-na sentir-se acolhida, e foi numa delas que conheceu a pessoa que viria a tornar-se a sua companheira de vida. Vieram para Portugal juntas em trabalho, e ficaram até hoje. 

A Taís trabalhou em três empresas diferentes em Portugal, de onde saiu por não se identificar com a cultura e os valores praticados, especialmente no que toca à inclusividade. Diz que a Coverflex foi a primeira empresa em Portugal onde encontrou um ambiente acolhedor, onde se sente aceite pela pessoa que é - e por isso ficou. “Desde o início que aconteceu tudo de forma muito natural. As pessoas respeitam o tema da diversidade de género e falam sobre ele. Querem entender a outra pessoa, querem aprender para não dizerem algo que possa magoar. Todas as pessoas, a começar pelas equipas de management e de People, querem saber se eu estou bem e o que a empresa pode fazer por mim, genuinamente. O #coverpride é um grupo incrível que temos no Slack, não só pelas pessoas LGBTQIA+ mas também pelas pessoas aliadas. Sinto-me muito grata por estar aqui na Coverflex, e é uma das coisas que digo aos meus amigos. É muito bom estar num ambiente em que me sinto respeitada pela pessoa que sou. A minha mulher diz que nunca me viu tão feliz”.

Uma das iniciativas da equipa de People para garantir que a Coverflex é, e continua a ser, um ambiente de trabalho inclusivo e informado passa pela organização de sessões interativas com a Alexa Santos (she/they), técnica de serviço social que se dedica à educação de jovens e adultos em temas relacionados com a justiça social. “Chamar a Alexa [para um dos workshops] foi incrível, e foi incrível ver o nosso ‘c-level’ em peso lá”, diz Taís. “A importância do movimento e o que o movimento significa, saber as dores pelas quais as pessoas passam, ter a possibilidade de aprendizagem… Ninguém era obrigado a estar ali mas as pessoas estavam”.

Uma das iniciativas da equipa de People para garantir que a Coverflex é, e continua a ser, um ambiente de trabalho inclusivo e informado passa pela organização de sessões interativas com a Alexa Santos (she/they), técnica de serviço social que se dedica à educação de jovens e adultos em temas relacionados com a justiça social. “Chamar a Alexa [para um dos workshops] foi incrível, e foi incrível ver o nosso ‘c-level’ em peso lá”, diz Taís. “A importância do movimento e o que o movimento significa, saber as dores pelas quais as pessoas passam, ter a possibilidade de aprendizagem… Ninguém era obrigado a estar ali mas as pessoas estavam”.

Hoje, a Taís sente que é aceite pelas pessoas que lhe são chegadas. A irmã, que é mais nova, foi o seu maior apoio desde o início, e os amigos também sempre a apoiaram. Só se assumiu perante os pais quando tinha cerca de 27 anos, “porque os meus pais são de uma geração muito mais antiga, com uma ideia bastante vincada da ‘família tradicional’, pelo que eu não sabia como é que iam reagir. A perspetiva que as pessoas têm sobre este tema depende muito de quando nasceram, o ambiente em que cresceram, o quanto a família está aberta a falar e a aprender sobre o tema. Mas os meus pais receberam bem a notícia. E hoje apoiam-me. O meu pai disse-me inclusive algo que guardo comigo: se eu me preocupar com o que as pessoas vão pensar de mim, nunca faço nada da vida. Se isto é o que eu quero e não estou a fazer mal a ninguém, então é isto que devo fazer”.

A história do Tadeu

O Tadeu, Operations Team Leader na Coverflex, percebeu que era gay quando tinha cerca de 18 anos. “Obviamente, durante a infância e a adolescência as pessoas reparavam em mim e falavam sobre o tema, mas só me compreendi por volta dos 18 anos, e foi aos 20 que assumi a minha identidade”. Ao contrário da experiência de muitas pessoas, o lugar onde se sentiu mais seguro para ser a pessoa que é foi a casa onde cresceu. “Os meus pais são pessoas bastante evoluídas nesse sentido. A minha casa foi talvez o lugar onde foi mais fácil falar abertamente sobre o tópico”.

O Tadeu classifica as “saídas do armário” por ordem: primeiro, em casa e com os amigos. Depois, a grande “saída do armário” - a família toda. E, as restantes, para sempre. “Nós temos milhares de ‘saídas do armário’, porque vivemos numa sociedade heteronormativa - por exemplo, as pessoas assumem sempre que eu tenho uma namorada. E há lugares onde é mais difícil assumir-me do que noutros”.

O trabalho, por exemplo, costuma ser “um lugar onde as pessoas têm mais dificuldade em ser quem são, porque estão sempre a ser julgadas, por ser um sítio onde não sabem o posicionamento das pessoas em relação a este tipo de temas, e não querem colocar algo como a sua orientação sexual em primeiro lugar, apesar de ser mesmo muito importante que o façam”. Trabalhou mais de quatro anos numa empresa no Brasil que tinha mais de 100 mil colaboradores, e só na reta final é que o Tadeu assumiu perante os colegas a sua orientação sexual. “Um amigo meu do trabalho também era gay, então conseguimos assumir-nos juntos. Apoiámo-nos um no outro. Antes disso, durante anos eu tive tanto receio de me abrir que, quando alguém se dirigia a mim como se eu fosse heterossexual, por exemplo a sugerir que eu tinha uma namorada, eu desconversava”. Antes de se assumir nessa empresa, o Tadeu ouviu muitos comentários e afirmações homofóbicas. “Ouvi coisas que nunca ninguém deveria ouvir. Durante muito tempo engoli a seco e aceitei”.

Mudou-se para Portugal durante a universidade, e sentiu que foi mais fácil mostrar a pessoa que é, por estar num contexto em que as pessoas tinham valores semelhantes aos seus. Depois da universidade, entrou na Coverflex. “Quando entrei eu senti, como já tinha sentido antes, que era melhor não ‘abrir muito o jogo’ aqui. Mas era uma defesa minha porque, ao contrário do que tinha acontecido na minha experiência anterior, nunca senti que havia algo que não podia dizer na Coverflex. Eventualmente senti que tinha chegado a hora e adicionei o meu marido ao seguro de saúde da Coverflex. A única reação que tive da empresa foi um pedido de confirmação sobre se éramos casados ou namorados, porque faz a diferença para a apólice. Foi tudo muito natural”.

Mudou-se para Portugal durante a universidade, e sentiu que foi mais fácil mostrar a pessoa que é, por estar num contexto em que as pessoas tinham valores semelhantes aos seus. Depois da universidade, entrou na Coverflex. “Quando entrei eu senti, como já tinha sentido antes, que era melhor não ‘abrir muito o jogo’ aqui. Mas era uma defesa minha porque, ao contrário do que tinha acontecido na minha experiência anterior, nunca senti que havia algo que não podia dizer na Coverflex. Eventualmente senti que tinha chegado a hora e adicionei o meu marido ao seguro de saúde da Coverflex. A única reação que tive da empresa foi um pedido de confirmação sobre se éramos casados ou namorados, porque faz a diferença para a apólice. Foi tudo muito natural”.

O Tadeu remata com a nota de que todas as pessoas estão em fase de aprendizagem, e mantermo-nos informados é fundamental. “Mesmo sendo da comunidade, todos os dias aprendo muito sobre pessoas transgénero, pessoas lésbicas, etc.. Existem todas as letras, mas mesmo dentro de cada letra há muita coisa para aprender. Eu sou gay e a minha vivência como gay é diferente da vivência de um homem gay negro, por exemplo. Aprendo todos os dias sobre racismo, sobre feminismo, entre vários outros temas muito importantes”.

A história do Chris

Apercebeu-se de que era diferente desde que se lembra de si. Percebeu que não ‘se enquadrava’ durante toda a infância. E à medida que ia crescendo, especialmente por volta dos 10 anos de idade, começou a sentir-se atraído por pessoas do mesmo género. “Foi muito assustador para mim, porque senti que era algo que não era aceite ou permitido”, explica o Chris, Onboarding Specialist na Coverflex. “Sofri homofobia desde muito cedo - mesmo antes de saber o que significava a palavra ‘gay’, as pessoas chamavam-me gay. Diziam que eu era gay e que isso era a pior coisa do mundo. Os miúdos são um pouco assim. Dizem estas coisas, não porque sejam necessariamente homofóbicos, mas porque têm medo de não se integrar”.

Quando se assumiu perante os amigos, por volta dos 14 anos de idade, ninguém foi hostil. No entanto, na sua opinião, foi assim porque só estava a contar a pessoas da sua confiança. “Quando contei aos meus pais, não senti um apoio particular. Eles achavam que podiam mudar-me, ou esperavam que pelo menos eu fosse bissexual e, assim, pudesse ‘escolher’ não ser gay. E depois melhorou com o tempo. Agora a minha mãe apoia-me muito”.

Depois de se mudar para Portugal, o Chris começou a trabalhar na Coverflex. “Posso pagar sessões de terapia através dos benefícios e dos descontos que a Coverflex oferece, e acho que isso é muito bom para os colaboradores. É algo que é claramente melhor e diferente do que acontece noutras empresas”. Noutros aspetos, contudo, o Chris mudaria algumas coisas. “Precisamos de fazer perguntas sobre diversidade e deixar a nossa posição sobre a diversidade clara no processo de contratação. As pessoas em princípio não vão mostrar comportamentos ou opiniões racistas ou homofóbicas nas entrevistas de emprego, mas é bom deixar claro que estas são as coisas em relação às quais não somos flexíveis. A cultura não se estabelece com palavras apenas, mas sim ações. É a isso que tudo se resume. As palavras ajudam, mas são as ações que as validam".

Depois de se mudar para Portugal, o Chris começou a trabalhar na Coverflex. “Posso pagar sessões de terapia através dos benefícios e dos descontos que a Coverflex oferece, e acho que isso é muito bom para os colaboradores. É algo que é claramente melhor e diferente do que acontece noutras empresas”. Noutros aspetos, contudo, o Chris mudaria algumas coisas. “Precisamos de fazer perguntas sobre diversidade e deixar a nossa posição sobre a diversidade clara no processo de contratação. As pessoas em princípio não vão mostrar comportamentos ou opiniões racistas ou homofóbicas nas entrevistas de emprego, mas é bom deixar claro que estas são as coisas em relação às quais não somos flexíveis. A cultura não se estabelece com palavras apenas, mas sim ações. É a isso que tudo se resume. As palavras ajudam, mas são as ações que as validam".

Sobre a sua vivência enquanto pessoa gay, o Chris explica que, tal como o Tadeu, sente que as “saídas do armário” são para sempre. “A realidade é que me assumo todos os dias, seja porque ando de mãos dadas com o meu namorado na rua, seja porque tenho de dizer a alguém que sou gay quando essa pessoa assume que tenho uma namorada. A sociedade é muito heteronormativa. De certa forma, não é de todo homofóbico ser assim, mas é bom quando as pessoas se apercebem quando cometem um erro ou dizem algo que pode magoar alguém pertencente à comunidade LGBTQIA+, e usam isso como forma de aprendizagem”.

Mesmo assim, o Chris nunca tem bem a certeza de poder ser a pessoa que é à frente das pessoas. “Ainda sinto que não é aceite ou permitido que eu seja gay. A homofobia internalizada é um problema muito grande. Quando se é criança, a homofobia é absorvida e fica connosco. Celebramos o Orgulho LGBT porque o oposto do orgulho é a vergonha, e muitas pessoas têm vergonha de quem são. Na comunidade gay, assistimos a esta homofobia internalizada: o desespero de apaziguar as pessoas heterossexuais em vez de sermos quem somos. A maior parte de nós tem este problema até certo ponto. Eu evito dar a mão ao meu namorado em público se não me sentir seguro. É um medo interiorizado de que ser gay é errado e não é aceite na nossa sociedade e, por isso, temos de nos esconder".

A batalha pelos direitos LGBTQIA+ não está ganha, alerta o Chris. “Se baixarmos a guarda, vamos ver as consequências disso a nível político - já o estamos a ver nos governos e nos partidos de extrema-direita. Isto não é um debate - trata-se da vida de pessoas. Tenho conhecimentos e sou bastante persuasivo, mas gostava de ser mais confiante e mais incisivo para poder ser mais ativista. O envolvimento no processo político é fundamental. Temos de nos envolver politicamente e temos de dizer aos representantes que não toleramos políticas que tornam a vida dos jovens LGBTQIA+ mais difícil”.

54 anos depois dos “Stonewall riots”, as pessoas que pertencem à comunidade LGBTQIA+ continuam a enfrentar discriminação. A Coverflex agradece a franqueza com que a Taís, o Tadeu e o Chris falaram sobre estes temas, ajudando-nos a deixar claro que a igualdade de direitos exige uma atenção e uma ação contínuas - não só em junho mas em todos os dias do ano, de todos nós, em todo o mundo. 

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