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decisão de investir num Plano de Poupança Reforma (PPR) é uma escolha financeira significativa, muitas vezes associada à procura de estabilidade económica para a reforma. No entanto, podem surgir dúvidas. Neste artigo do ComparaJá, abordamos de maneira abrangente 7 dúvidas que ainda podes ter sobre PPR, e fornecemos informações valiosas para orientar a tua tomada de decisão.

1. A partir de que idade devo subscrever um PPR?

Não há uma resposta única, pois varia de acordo com os teus objetivos financeiros individuais e com a tua idade. Em geral, iniciar um PPR cedo dá-te mais tempo para acumular capital e tirar proveito do crescimento composto. A subscrição deste produto é mais vantajosa quando feita a longo prazo, especialmente com vista à reforma. Nesse sentido, muitas pessoas começam a considerar a subscrição de um PPR quando entram no mercado de trabalho.

No entanto, a idade ideal pode variar conforme a situação financeira e os objetivos de cada indivíduo. É importante ter em mente que, antes de subscreveres um PPR, deves estar preparado para manter o investimento a longo prazo, aproveitando os benefícios fiscais associados e minimizando penalizações de resgates antecipados.

2. É melhor um Fundo PPR ou um Seguro PPR?

Em Portugal, existem dois tipos principais de PPR: os Fundos PPR e os Seguros PPR. Os Fundos PPR investem em ativos financeiros, enquanto os Seguros PPR são associados a contratos de seguro que podem incluir garantias adicionais.

Na sua maioria, os Seguros PPR asseguram o capital investido, oferecendo rendimentos modestos devido à vinculação com as taxas de juro. São considerados produtos financeiros mais estáveis. Em contrapartida, os PPR na forma de fundos geralmente não garantem o capital investido. No entanto, apresentam rendimentos potencialmente superiores, uma vez que estão direcionados para investimentos em ações. A análise da política de investimento do fundo é crucial, especialmente ao avaliar a percentagem de investimento em ações, já que os fundos podem variar em níveis de agressividade. Uma maior exposição a ações na carteira implica maior risco, mas também aumenta o potencial de rendimento a longo prazo.

Aqui, também é essencial considerar a tua idade antes de escolher. Se estiveres próximo da reforma e tiveres um PPR em formato de fundo, é aconselhável avaliar a possibilidade de transferir para um PPR em formato de seguro que garanta o capital investido. Essa mudança visa reduzir o risco de perda do montante acumulado nos últimos anos, especialmente diante da possibilidade de quedas nos mercados financeiros.

3. Quais são os benefícios fiscais associados aos PPR?

Os PPR em Portugal têm benefícios fiscais associados à dedução à coleta de IRS. O montante máximo do benefício fiscal associado aos Planos Poupança Reforma varia de acordo com a idade do contribuinte. Para aqueles com menos de 35 anos, a dedução máxima é de 400 euros, aplicando-se quando investem 2000 euros. Entre os 35 e os 50 anos, a dedução vai até 350 euros, requerendo um investimento mínimo de 1750 euros. Acima dos 50 anos, o montante máximo é de 300 euros, aplicando-se ao investir 1500 euros.

É importante salientar que, além da faixa etária, o benefício fiscal de 20% está condicionado ao rendimento auferido e às deduções à coleta, como despesas de saúde e educação. Estas deduções não podem ultrapassar limites globais definidos de acordo com o escalão do rendimento coletável. Em resumo, para otimizar o benefício fiscal, é aconselhável não exceder o montante que permite obter a dedução máxima, considerando as restrições específicas do escalão de rendimento.

4. Posso utilizar o PPR para liquidar crédito habitação?

Sim, é viável utilizar o PPR para efetuar os pagamentos das prestações associadas ao empréstimo da tua residência própria e permanente. O montante do PPR destina-se exclusivamente ao pagamento das prestações vencidas, englobando o capital, juros remuneratórios e moratórios, comissões e outras despesas relacionadas com o crédito, tanto as vencidas como as por vencer.

 

Desde janeiro de 2023, já não é necessário aguardar cinco anos a partir da subscrição do produto para evitar penalizações fiscais. Por outras palavras, é possível utilizar a poupança acumulada ao longo dos últimos dois anos, ou até mesmo mais recentemente, sem incorrer na devolução dos benefícios fiscais obtidos.

5. Posso resgatar o meu investimento antes da reforma?

Muitos PPR têm um período de maturação específico, durante o qual o resgate pode resultar em penalizações financeiras. No entanto, em situações especiais, é possível resgatar o investimento sem penalizações.
Por norma, as condições previstas para evitar penalizações são:

  • ter mais de 60 anos;
  • reforma por velhice;
  • qualquer membro do agregado familiar estar desempregado há mais de um ano, estar incapacitado permanentemente para o trabalho, ou ter uma doença grave.

Deves conhecer as condições específicas dos PPR antes de os contratar, para tomar decisões informadas e adequadas à tua situação financeira e familiar.

6. Os PPR têm encargos?

Sim, os PPR podem ter encargos associados. Os Planos de Poupança Reforma estão sujeitos a diversas comissões, nomeadamente de subscrição, depósito, gestão e reembolso, que variam entre seguradoras e gestoras. A comissão de subscrição, geralmente uma percentagem sobre o montante investido, pode chegar até 5%, sendo, em alguns casos, zero. Em situações de entrega única, presente em seguros PPR, essa comissão pode atingir até 40%, tornando-se um encargo significativo se o PPR for resgatado num curto prazo.

A comissão de depósito remunera a entidade onde o PPR está depositado pelos seus serviços. Quanto à comissão de gestão, é a remuneração da gestora que administra o fundo, sendo deduzida da rentabilidade do PPR. Por fim, a comissão de reembolso, devida no momento do resgate, pode ou não ser aplicada, dependendo da instituição.

Algumas comissões têm limites legais, e certas práticas são proibidas. Por exemplo, é vedada a cobrança de comissões pela transferência de PPR sem capital garantido ou sem rendibilidade, exceto quando o PPR está sujeito a comissões de transferência, as quais não podem exceder 0,5% do valor transferido. A legislação também impede que as instituições de crédito cobrem comissões pelo processamento do reembolso antecipado de planos de poupança destinados a pagar prestações de crédito garantido por hipoteca em habitação própria e permanente.

7. É possível transferir um PPR para outra instituição?

Sim, podes transferir o Plano de Poupança Reforma antes do término, caso as condições do PPR que subscreveste não te agradem. Do ponto de vista legal, podes transferir o PPR para outro produto da mesma entidade, de uma entidade para outra, ou até transferir uma parte do PPR em vez de transferir o valor total. No entanto, é importante considerar alguns detalhes. A transferência de um PPR com capital garantido geralmente implica o pagamento de comissões, que não podem ultrapassar 0,5% do valor transferido.

No caso de teres subscrito um PPR sem garantia de capital, a entidade não pode aplicar comissões pela transferência, conforme estabelecido pelo regime jurídico dos Planos de Poupança Reforma de 2009. Para determinar o momento adequado à transferência do teu PPR, aconselhamos-te a consultar as cláusulas sobre a imposição de permanência ou o período de carência. Após o término desse prazo, é ilegal que uma entidade proíba a transferência do teu PPR para outra entidade ou produto.

É importante destacar que, legalmente, é possível transferir um Seguro PPR para um Fundo PPR, e vice-versa, mesmo que tenham características diferentes. Contudo, ao efetuar essa alteração, é necessário avaliar o risco associado e calcular as comissões aplicadas durante a transferência.

Não acumules dúvidas sobre PPR e prepara já o teu futuro!

Agora que já respondemos às dúvidas mais comuns sobre PPR, já podes tomar decisões financeiras mais informadas. Lembra-te sempre de procurar aconselhamento financeiro profissional e ajustar as tuas escolhas de investimento de acordo com as tuas metas e circunstâncias individuais. Um planeamento cuidadoso agora pode conduzir-te a uma reforma financeiramente estável no futuro.

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